Este ano tem eleição para prefeito e vereadores. Eu confesso que mesmo para mim que adoro política é um período que não gosto, especialmente por duas razões: o comportamento do eleitor e o do candidato. Mas que tipo de comportamento é este? Vou explicar!

Nosso país, apenas recentemente adquiriu uma consciência eleitoral um pouco melhor. Lógico que falta muito para nos tornarmos mais maduros neste tema, no exercício da democracia. O que me incomoda em primeiro lugar são os eleitores que barganham seu voto ou se deixam levar por um simples abraço carinhoso do candidato. O eleitor que se deixa levar pelo emocional e o candidato com um carinho no seu filho conquistou o voto seu e de sua família. Sem falar daqueles que vendem o voto por alguns litros de gasolina ou por dinheiro mesmo. Tem também os oportunistas que por vontade “divina” começam a demonstrar boas ações no seu perfil social, na sua roda de amigos e assim vai. Mas ele não era assim lembra?

Com relação aos candidatos, me incomoda a súbita mudança de comportamento ou de personalidade só porque ele agora precisa do seu voto. O candidato te vê no outro lado da rua, atravessa a mesma para te cumprimentar mesmo depois de já o conhecer há mais de 20 ou 30 anos. É incrível a “cara de pau”. Na rede social ele cria grupos de solidariedade fingindo amar cultura, dando palpite na saúde, gravando vídeos emocionais com uma criança no colo ou fazendo apelos dramáticos para que o poder público tampe um buraco na sua rua. Não é verdade?

Neste ano vão aparecer muitos candidatos a vereador e a prefeito em todo o Brasil. O que na minha opinião é relevante em um candidato: Honestidade, competência e experiência em gestão (não estou falando de gestão pública), ser verdadeiro e, acima de tudo, não fazer promessas que ele não pode cumprir e você sabe exatamente quais são.

Vai aparecer aquele candidato sisudo, antipático, sem muitos amigos, e vai aparecer aqueles espertos dizendo, “esse cara nunca me apertou a mão, é um chato”, mas você não o conhece e lógico que vai pensar em votar no candidato mais “gente boa”. Esta é a nossa memória antiga do bom político. É normal. E também vai aparecer aqueles de sempre ou um novo, super gente boa, vai em todas as festas, aliás ele sempre frequenta as festas na comunidade, vai na missa ou no culto as vezes, fica por último pra cumprimentar os velhinhos, apertar a sua mão.

Então como você vai decidir o seu voto? Eu faço outra pergunta: Em quem você confiaria o seu patrimônio para administrar? É realmente relevante para você um antipático que não rouba ou um corrupto super gente boa? Para quem deles você confiaria um cheque em branco? Sim, você está escolhendo um gestor público pela sua chatice ou pela sua competência? Qual a relevância se você nunca falou com ele? Você não vai votar nele porque ele é um chato? É isso?

Eu votarei naquele mais capacitado. Não estou nem ai se nunca o vi, se o cara é um antipático, um chato, um pão duro que não paga uma cerveja no bar. eu só quero o dinheiro dos meus impostos bem administrado. É isso que eu vou fazer. Você pode escolher o seu na privacidade da urna eleitoral!